A priori, a criação deste blog nasceu para guiar meus alunos na busca da informação, mostrando-os que para ser um ser pensante é preciso ler e, a partir disso, através de questionamento, transformar as palavras em conhecimento. Espero poder com o tempo dizer-vos, leitor, que tudo isso adquiriu proporções maiores e aqueles que agora buscam por um caminho através das letras, amanhã serão formadores de opinião. Jéssica Okada
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Nova York proíbe fumo em parques, praças e praias
Uma nova lei que entrou em vigor nesta segunda-feira em Nova York proíbe fumar em 1.700 parques e praças, além de banir o consumo de cigarros ao longo de 22,5 km de praias da cidade.
A medida, que foi decretada pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, prevê multa de 50 dólares para os que forem flagrados fumando em locais proibidos.
Para advertir os fumantes, foram colocados sinais nas entradas dos locais públicos, mas, como era de se esperar, a medida deixou alguns insatisfeitos: "Não sabia da lei. Vi muitas pessoas fumando.
É ridículo", afirmou o arquiteto e fumante David Harris, de 40 anos.
"Não poder fumar em um lugar fechado é algo que faz sentido, mas a proibição em um lugar aberto não faz sentido algum", argumentou Harris.
Desde 2003 era proibido fumar em Nova York em bares e restaurantes. Muito antes disso, já era proibido o fumo em locais de trabalho.
Para sensibilizar a opinião pública, o departamnto de Saúde e Higiêne Mental anunciou esta semana o lançamento de uma campanha educativa na televisão, no metrô e na imprensa escrita.
À frente desta campanha contra o cigarro, Bloomberg assegurou que a partir desta segunda-feira "os espaços públicos serão não apenas mais agradáveis, mas também mais saudáveis, limpos e belos".
"Todos sabemos que fumar é algo nocivo, mas os fumantes passivos são um grande perigo para saúde pública. Baixar a porcentagem de exposição dos nova-iorquinos como fumantes passivos é um passo importante para dar mais saúde a nossa cidade".
Segundo o comissário do departamento de Saúde de Nova York, Thomas Farley, "os parques livres de cigarros protegem a todos aqueles que os visitam dos riscos trazidos pelo fumo passivo" e eliminam o mau exemplo às crianças.
O tabagismo é responsável por um terço das mortes evitáveis na cidade, de acordo com o prefeito de Nova York. O número de fumantes na cidade já caiu 27% entre 2002 e 2009 e o número de mortes vinculadas ao cigarro recuou 17% ao longo da última década.
Além dos casos de saúde, há também uma questão ambiental envolvendo os fumantes. Segundo dados oficiais, os filtros de cigarro somam mais de 75% do lixo encontrado nas praias e demoram mais de 18 meses para se decompor.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
SERVIÇOS COMUNITÁRIOS PARA MENINAS QUE FAZEM ARRASTÃO
SÃO PAULO - As meninas suspeitas de praticar arrastões na Vila Mariana, Zona Sul, serão avaliadas pela Promotoria da Infância e Juventude e vão prestar serviços comunitários ou ficar em regime de libertade assistida, segundo o promotor Thales César de Oliveira.
As medidas aplicáveis apenas para as meninas maiores de 12 anos incluem acompanhamento pscológico e social para melhorar a estrutura familiar. Internação está descartada. As famílias serão incluídas em um programa social da Prefeitura, segundo a Secretaria de Assistência Social.
No sábado, as quatro mães detidas por abandono de incapaz foram soltas.
Na sexta-feira, a Justiça de São Paulo determinou que as quatro mães das meninas menores de idade que praticavam roubos na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, sejam soltas.
Elas haviam sido presas nesta quinta-feira por abandono de incapaz, por decisão do delegado Márcio de Castro Nilson. O pedido de soltura havia sido requerido pela Defensoria Pública de São Paulo. A juíza Maria Fernanda Belli, que assina a decisão, determinou, no entanto, duas medidas cautelares para as mulheres: elas não podem se ausentar de São Paulo e precisam comparecer, em até 7 dias, ao Conselho Tutelar de Cidade Tiradentes, bairro da Zona Leste de São Paulo em que moram as mulheres.
As sete meninas, com idade entre 11 e 14 anos, vinham cometendo uma série de furtos e roubos na região da Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. Elas entravam em lojas, roubavam pedestres e motoristas. As menores chegaram a ser detidas pela Polícia Militar (PM), levadas para a delegacia e encaminhadas para o Conselho Tutelar.
As garotas diziam ser todas menores de 12 anos e davam informações falsas sobre o endereço dos pais. Eram levadas para abrigos, mas, como diziam ter menos de 12 anos, não eram obrigadas a cumprir nenhuma medida com restrição de liberdade deixavam o local sem dificuldades.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Entrevista - Mark Simpson
Ao contrário do que se acredita,
o termo "metrossexual" não designa só o homem heterossexual vaidoso.
E, sim, o homem hipernarcisista, não importa sua orientação sexual
O que é um homem metrossexual? Você provavelmente responderá que é um sujeito heterossexual que se permite ser muito vaidoso. Essa definição, no entanto, traz um erro conceitual. Metrossexual não é necessariamente heterossexual. Em entrevista a VEJA, o criador do termo, o escritor inglês Mark Simpson, de 38 anos, diz que, nesse caso, o que menos importa é a orientação sexual do homem. Metrossexual é simplesmente o homem vaidoso ao extremo. É o narcisista dos tempos modernos, que, graças às facilidades dos serviços existentes nas grandes cidades, pode dar-se ao luxo de se esmerar muito – além do habitual – nos cuidados com a aparência. O termo metrossexual surgiu em 1994, num artigo de Simpson para o jornal inglês The Independent. Em 2002, foi resgatado pela revista eletrônica Salon. Veja – POR QUE O TERMO "METROSSEXUAL" FOI ASSOCIADO À HETEROSSEXUALIDADE?
Simpson – O metrossexual pode ser gay, bissexual ou heterossexual, mas isso é absolutamente desimportante, já que ele tem a si mesmo como seu objeto de amor. Ele é o narcisista dos novos tempos. A idéia de que o metrossexual é sempre hétero e que seu cuidado com a aparência tem o objetivo de atrair as mulheres é uma invenção da publicidade. Essa idéia só foi estabelecida porque gays vaidosos não são novidade. A identidade dos metrossexuais não se baseia na orientação sexual e, do ponto de vista cultural-comercial, é irrelevante.
Veja – MAS A METROSSEXUALIDADE ROMPE COM ALGUNS PADRÕES DE MASCULINIDADE.
Simpson – Sim. E isso é positivo. A metrossexualidade desfez-se de todos os códigos oficiais de masculinidade inculcados nos últimos 100 anos. O homem heterossexual está perdendo a vergonha de ser vaidoso, de cuidar da aparência.
Veja – O CULTO À PRÓPRIA IMAGEM E A EXACERBAÇÃO DO EGOCENTRISMO, NO ENTANTO, NÃO SÃO COMPORTAMENTOS SAUDÁVEIS.
Simpson – Sem dúvida nenhuma, esse é o lado negativo da metrossexualidade. A masculinidade narcisista e egocêntrica tem origem numa característica típica de sociedades como a nossa: o hiperconsumismo. Os heróis dos metrossexuais são, em geral, homens famosos por seu visual e seu estilo – mais do que por suas conquistas políticas ou intelectuais.
Veja – POR QUE NÃO SE FALA EM MULHERES METROSSEXUAIS, JÁ QUE O EGOCENTRISMO E O NARCISISMO NÃO SÃO CARACTERÍSTICAS EXCLUSIVAS DOS HOMENS? A METROSSEXUALIDADE É APENAS MASCULINA?
Simpson – Não. E eu já falei sobre isso no meu artigo para a Salon, mas ninguém deu importância. O narcisismo feminino que se manifesta por meio do cuidado com a aparência não chama atenção. Essa é uma das razões pelas quais o termo metrossexual não foi aplicado às mulheres. Entretanto, há muitas que se encaixam nesse perfil. As mulheres no seriado Sex and the City são, em sua maioria, solteiras, vivem com estilo e escolheram a si mesmas como seu objeto de amor e desejo, embora aparentemente estejam à procura de um homem. Elas são metrossexuais. Eu arrisco dizer que a crescente auto-suficiência das mulheres tem estimulado o avanço da metrossexualidade masculina. Atualmente, muitos homens se vêem obrigados a cuidar de si próprios, pois já não contam com uma coadjuvante feminina sempre pronta para atender a suas necessidades. A metrossexualidade faz, finalmente, com que o homem seja menos dependente da mulher, da família, embora mais dependente das revistas de beleza.
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